Sucessão de falhas
Após o trauma do vazamento das provas do Enem no ano passado, o Ministério da Educação errou de novo. Mesmo gastando R$ 182 milhões para garantir a segurança e a qualidade do exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) admitiu que cometeu uma falha simplória: enviou a matriz da folha de respostas para a gráfica com o cabeçalho invertido – um problema que afetou todos os 3,4 milhões de participantes do exame no país. Um outro equívoco cometido pela gráfica levou à distribuição de 21 mil cadernos de prova com questões a menos ou duplicadas. O edital de contratação da gráfica, de qualquer forma, previa uma fiscalização prévia do Inep, para detectar os erros antes do início do exame.
O MEC – que resiste em aceitar a extensão dos danos causados aos alunos, principalmente com a troca do cartão de respostas – vai aplicar novas provas apenas para os candidatos que receberam cadernos com erros de impressão – todos do modelo de cor amarela -, e não tiveram as provas substituídas a tempo. A decisão foi tomada após a revogação do pedido de realização de nova prova do Enem para todos os alunos.
Já foram identificados 2.817 estudantes nesta situação. Segundo o Inep (instituto responsável pelo Enem), o trabalho de análise das 116.626 atas dos locais de prova continua sendo feito. O instituto informou que os alunos identificados serão comunicados por e-mail, SMS ou telefone. Esses estudantes vão receber um novo cartão de confirmação de inscrição com o local onde devem se apresentar. O novo exame será aplicado no dia 15 de dezembro.
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